A culpa é do juiz(a)…

 Matéria publicada no MBN, dia 19 de Abril.

A arbitragem em momentos decisivos não pode ter esse nível que teve hoje… O nível dos árbitros está muito baixo… o árbitro precisa ter personalidade para fazer aquilo que a regra manda.

 Buenas, e me espalho!

 A declaração acima poderia muito bem ter sido feita por algum dos corners do brasileiro Gabriel Napão, após sua polêmica derrota no TUF 17 finale no último sábado. Mas não foi.

Ela pertence ao técnico Tite, do Corinthians, e fora feita logo após a derrota do time por 2 a 1 para o Linense, pelo campeonato paulista.

Não me cabe aqui comentar futebol, já que meu Guaíba FC disputa a 23ª divisão do campeonato gaúcho, e nunca fui mesmo um grande entendedor do assunto. Ainda mais no que se refere à arbitragem. Entretanto, como todo brasileiro que acompanha o noticiário esportivo, sei que a arbitragem no futebol tupiniquim vem sido envolvida em escândalos de manipulação de resultados e imperícia por parte de seus profissionais. O que prejudica e muito o maior interessado no esporte. O torcedor.

O que vimos na luta de Napão foi lamentável. Assim como lamentável tem sido algumas atuações dos árbitros no MMA nos últimos tempos. Talvez você lembre automaticamente da polêmica envolvendo Mario Yamasaki e o médio Erick Silva, pela grande repercussão que o assunto teve. Mas poderíamos listar ao menos dez erros grotescos, que aconteceram desde então, envolvendo grandes eventos e árbitros renomados.

“Ora, mas o árbitro é humano, e erros acontecem”.

E como fica nesta história o atleta que investiu tanto em treinamentos, dietas, treinadores, sparrings, que abriu mão de estar com a família para se preparar, e vê todo este esforço ser jogado pra escanteio com uma atuação pífia do árbitro?

No mínimo um pouco desumano, na minha opinião. Aquela derrota vai ficar gravada no cartel do lutador, e embora não o desabone como profissional, deve representar alguns zeros a menos no próximo cheque.

Em entrevista exclusiva ao MBN, Napão evitou criar maiores polêmicas sobre sua luta. Sábia atitude do brasileiro, que deixou possíveis recursos sobre a luta nas mãos de sua equipe.

Lançar mão de tecnologias como as utilizadas pelo futebol não parecem ser de muita ajuda. Já que “auxílio do vídeo” após um lutador ser nocauteado não parece fazer muito sentido, nem tampouco “luvas com chip”, dois árbitros no Cage, ou qualquer baboseira neste sentido.

A pergunta que fica:

A arbitragem no MMA vive um mau momento, ou são apenas más escolhas pontuais de alguns profissionais?

 Se você perguntar para o Tite, ele já tem a resposta:

 “Enfim … o nível está muito baixo.